O filho pródigo encontrou a porta de sua casa aberta (Lucas 15:20), para o coxo a porta do templo, chamada formosa, estava fechada (Atos 3:2). As portas de Bitínia estavam trancadas para Paulo (Atos 16:7), as da Macedônia livres.
Para a igreja de Filadélfia, ele diz: “eis que diante de pus uuma porta aberta e ninguém a pode fechar” (Apocalipse 3:8. Já ao nos ensinar a orar, Ele nos orienta a fechar a porta do quarto (Mateus 6:6).
Seguimos assim: algumas portas abertas, outras não. O que traz sossego à alma é saber quem abriu ou fechou. Nos momentos angustiantesda vida ou nas alegres festas, o que deve ecoar em nosso coração é: “quem está comigo?”
Sim, quem segura conosco a maçaneta das portas da vida faz toda a diferença. Você deve lembrar de portas que foram fechadas no passado – causando tristeza no momento – e tempos depois revelou-se um grande livramento.
Claro que passamos por momentos de incertezas e hesitações. Nas palavras do mineiro Guimarães Rosa: “o correr da vida embrulha tudo, ela é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
Em Grande Sertão: Veredas, sua obra-prima, a última palavra escrita é: “travessia”. Ah, é isso que todo mês de dezembro nos proporciona, o saber que estamos em transição. Fechamos a porta de mais um ano e diante de nós está um caminho misterioso.
Coragem! Essa é a palavra de ordem para encerrarmos um ano como 2021. Coragem para aceitar as portas que Deus fechou e entrar pelas que Ele permitir; para atravessar mais um ano; para entender que Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hebreus 13:8).
Coragem, pois, afinal, disse Jessus: “EU SOU A PORTA” (joão 10:9).
Um abraço carinhoso e cheio de esperança,
Pr. Raphael e Ana Paula Abdalla