Existem ovelhas fora do aprisco, vivendo isoladas, solitárias, sendo assim presas fáceis para os lobos raivosos. As diversas circunstâncias da vida parecem confundir o coração e embaraçar os pensamentos. Em agosto, as novas gerações de nossa igreja nos convidam ao tema: “Graça.”
Graça que acolhe e recebe de volta. Para isso, é necessário constatar a realidade de que se está distante de casa. É necessário trocar a sensação do vazio pelo ar da habitação, deixar-se preencher pelo amor do Pai. Isso se chama coragem. A coragem de olhar para si e perceber como estão as coisas.
É preciso ter coragem para reconhecer onde errou, para achar o caminho de volta, para se olhar no espelho, para o arrependimento. É necessária intrepidez para o autoexame. Sem essa nobreza de alma ninguém consegue se olhar, nem tampouco voltar. Portanto: coragem.
É fundamental confiar na graça do Pai, acreditar que Ele nos perdoou e quer seguir conosco o caminho de volta ao lar. Jesus de Nazaré é nosso caminho ao Céu, sua graça salva e liberta, a carta que Ele escreveu nos chamando de volta está à nossa disposição. Aliás, somos cartas vivas (2ª Coríntios 3:2).
Fato é que nem sempre somos misericordiosos, nem sempre perdoamos, geralmente guardamos rancor e mágoa. E talvez algo em nós insista em tentar fazer com que enxerguemos Deus por meio de nossos parâmetros. Mas, Ele não é assim. Ele não resiste a um coração quebrantado.
Isso se chama graça. É por meio dela que o Pai nos convida para um reencontro, que Ele restaura em nós o gosto da infância, do lar, doce lar (Hebreus 4:16). É tempo de voltar para a casa do Pai, de pedir perdão e viver uma nova vida. Afinal de contas, Deus nos convidar para um reencontro chama-se graça, nós comparecermos chama-se coragem.
Pr. Raphael e Ana Paula Abdalla